TELA AZUL
Uma série de animação, com três mini episódios, que satirizam o mundo pós-pandemia.

Em todas as áreas existem profissionais sérios, competentes e confiáveis. Assim como em todas as áreas existem os estelionatários, prontos para enrolar o primeiro que passar pela frente. Na tecnologia não seria diferente.
Não são raros os casos de startups que sustentavam uma linda promessa no pitch, mas que (depois do aporte de investidores) se revelaram fraudes indiscutíveis. Talvez o caso mais famoso seja a Theranos: empresa que garantia revolucionar a indústria biotech (e que terminou numa pesada condenação nos tribunais).
O primeiro mini episódio da série Tela Azul joga luz exatamente sobre esse tema controverso. Até onde vai a boa intenção dos barões e baronesas da tecnologia? Essas pessoas querem, de fato, salvar o mundo? Ou querem, apenas, salvar a si mesmas?
O segundo episódio de Tela Azul está no ar! Ideias que antes pareciam apenas tema de ficção científica estão se tornando realidade em um ritmo cada vez mais acelerado e a imaginação de alguns empreendedores parece mesmo não ter limites.
A série Tela Azul é um espaço tensionador, que usa a arte para trazer provocações sobre a sociedade contemporânea e sobre a influência que a tecnologia tem nas nossas vidas.
Mas este terceiro episódio, chamado ‘Novo Normal’, é, acima de tudo, uma forma de rirmos de nós mesmos. E quando dizemos ‘nós’, somos nós, os criadores da série. Mas também ‘nós’, que estamos aqui, lendo esta legenda juntos.
Porque os interessados por inovação (grupo do qual você provavelmente faz parte) adoram apontar o dedo para o lado conservador do mundo dos negócios. Rimos do excesso de burocracia das grandes empresas. Rimos da hierarquia rígida do mundo corporativo. Rimos das métricas de sucesso das multinacionais. Rimos de tudo e de todos, tal qual rimos da série The Office.
Mas, às vezes, é a gente, do outro lado do balcão, que passa do ponto. E somos nós a verdadeira piada. A subjetividade da inovação, do mundo digital e do empreendedorismo statupeiro dão muita margem para que, vez por outra, nós nos transformemos em caricaturas, pastiches e clichês.
Há quem defenda que rir de si mesmo é a última etapa da cura. Ou seja: só quando você é capaz de brincar com aquilo que, um dia, já o incomodou, é que você realmente sublimou todas as fases do luto. É nessa hora que você verdadeiramente se desapega da pessoa que foi no passado para se tornar uma nova – mais madura, mais profunda e mais leve.
Então, fica aqui o convite para você rir. Seja da caricatura. Seja do pastiche. Seja do clichê.
A série Tela Azul é um projeto autoral do futurista Tiago Mattos, com participação da Dr. Smith, We4, David Neri e Vinícius Cassol.